quinta-feira, 2 de julho de 2009

Comentário sobre uma libertação chamada MORTE...


Rezando, aos irmãos: Cabral e Natália.

A morte é um mistério profundo, cercado de respeito mesmo por aqueles que não tem fé.

Nosso modo de enfrentar a vida depende muito do modo como encaramos a morte, e vice-versa!

Existem várias maneiras de encarar a morte, mas há um modo de encarar a morte, tipicamente cristão.

É certa a existência da morte! E dói! E machuca! Marca toda a nossa existência. Vivemos feridos por ela, em cada dor, em cada doença, em cada derrota, em cada medo, em cada tristeza... até a morte final!

Não se pode fazer pouco caso dela: ela nos magoa e nos ameaça; desrespeita-nos e entristece-nos, frustra nossas expectativas sem pedir permissão!

Tudo o que da morte sabemos é algo exterior a nós, algo que nos chega de fora. Por isso, não a conscientizamos. E, conseqüentemente, não a incorporamos à nossa história, procurando afastá-la.

Agora, o cristão realista diante da morte; recorda-se da palavra de Gn 2,17: “De morte morrerás!”

Então nós, discípulos de Cristo, somos pessimistas? Não! Nós simplesmente não nos iludimos.

Sabemos que a morte é uma realidade que não estava no plano de Deus para nós: não fomos criados para a ela, mas para a vida! Deus não é o autor da morte, não a quer nem se conforma com ela! Por isso mesmo enviou-nos o seu Filho para vencê-la.

O Pe. Jorge Hermes, no último Congresso de Cura e Perdão, aqui em Fortaleza, falou algo que me chamou muita atenção. Ele falou mais ou menos assim:
"Existem vários tipos de curas (...) e a maior de todas elas: a morte."

Então veja só que mistério de Amor maravilhoso Deus nos oferece... Por meio do derramar da vida, Deus nos dá mais vida, e vida eterna, livre de todos os males citados acima.

O demônio se infiltra em nossa vida, neste momento de dor, para nos desequilibrar.

Uma das maiores graças que se pode receber é a de reconhecer a vontade de Deus, mesmo nos momentos de angústia e aflição. Não adianta nós nos revestirmos de uma revolta demoníaca, questionando do "porquê Deus fez isso comigo?".

Essa questão egoísta faz com que vários outros pecados saiam do armário.

Primeiro eu pergunto porque Deus fez isso, e vou me enchendo de revolta;
Depois vou cobrindo essa revolta com um monte de areia fina, que aos poucos vai sumindo, e aparentemente eu me conformo;

Em breve, no menor dos sofrimentos eu mostro as minhas feridas abertas e novamente me revolto e vou deixando que essas situações me afastem cada vez mais DAquele que me liberta.

As perguntas para refletir sobre quaisquer assuntos de sofrimento são sempre as mesmas.
Você pergunta: por que eu? por que isso aconteceu comigo?

O segredo é viver bem espiritualmente, buscar incessantemente.

Quando estamos vivendo o bem-estar espiritual, quando nosso ser suporta até os pensamentos aparentemente mais assustadores e desconfortantes, deixamos que saia de nós, como São Francisco de Assis, uma saudação de plena consciência da proximidade de sua dissolução, quando o fenômeno morte lhe está próximo, palpável, no tempo e no espaço: "Minha irmã, a morte!"

Nem tampouco deverá ser um grito nascido de um "cansado da vida", porque sua cosmovisão faz degustar a vida, e amá-la, em suas múltiplas alegrias.

É a conformidade profunda, nascida da fé que acredita numa realidade meta-histórica, atingível apenas através da morte.

Se, de acordo com Francisco, a morte é irmã, isto significa que entre ela e o homem existe um parentesco, portanto não se trata de algo estranho, algo punitivo, algo fatal, algo inimigo.

Tudo é graça, então que nós recebamos a unção de perceber a morte como todas as outras graças concedidas por Deus, e que através dela possamos encerrar nossa carreira guardando a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Amém!

Paz e Música!

A MEDIDA DA TUA VONTADE
(Marcelo Braga)
Por nenhum segundo
Poupa a minha vida
Em nenhum momento
Mesmo em meio aos tormentos
Se é assim que queres que eu te encontre
Oh, meu Deus não posso rejeitar
Se sou um instrumento
Que se pode afinar
Não posso escolher a forma
Faz como desejar
Pelo amor, ou pela dor
Não importa o caminho
Se me basta para te encontrar
Dá-me a medida da Tua vontade

Um comentário:

  1. Oi Fabinho,
    Meu nome é Juliana, sou de São Paulo-SP, sou evangélica.
    Gostei muito desse seu post sobre a morte. Realmente os cristãos vem a morte como ruim, mas o sangue de Jesus tem poder de vencer a morte e nos dar vida.
    Perdi minha mãe a 2 meses e sofri muito, mas Jesus me libertou, aleluia!
    Paz pra você!

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